sexta-feira, 4 de abril de 2014
terça-feira, 30 de julho de 2013
RISOS NA RUA...
A rua é uma guardadora de segredos?
É?
A rua é solidão e pedras.
Mas além disso a rua é guardadora sim.
Dos nossos risos.
Lembra aquela noite, amor?
Nós dois... um abraço apertado.
Um olhar apaixonado.
Nem faz tanto tempo assim.
E eu aqui a contar.
De uma rua quieta.
Dos passos...
De um intenso amar.
Sonia Delsin
MISTÉRIO ENTRE NÓS
Tem mistério entre nós.
Tem.
Eu sempre soube disso.
Mas nem por isso...
Nem por isso tive medo.
Medo de mergulhar de cabeça.
Sei que fico presa.
Entre o sonho e a realidade.
Sei que quando estamos juntos somos felizes
de verdade.
Mas alguma coisa muito forte quer nos
separar.
Quando penso que estás vindo te vejo
distanciar.
Quando penso que vamos nos acertar...
Alguma coisa acontece e consegue me
machucar...
Este mistério vive a me intrigar.
Por que não podemos nos amar?
sonia delsin
PARA, TEMPO
Se eu pudesse ordenar ao tempo.
Ó, se eu pudesse ordenar!
Daria ordens ao tempo.
Para parar.
Aquele momento eu queria imortalizar.
Morreu meu melhor momento?
Flutuou no vento?
Tudo vira lembrança, pensamento?
Não. Engano meu.
Não morreu.
Volto a ele.
Meu coração dispara.
Dispara.
Se aquieta.
Quase pára.
Por aquele momento anos eu esperei.
E para a vida inteira guardei.
Quando a saudade muito grande ficar a ele
vou voltar.
E ele conseguirá a fornalha da minha alma
alimentar.
sonia delsin
NÓS DOIS E O TEMPO
Eu me lembro bem.
Na nossa primeira conversa falamos do tempo.
Do que ele permite.
Do que ele omite.
Deus. Faz tanto tempo!
Não esqueci.
Do que falamos.
E nem de ti.
Nós dois pensamos que o tempo era o que
havia de mais cruel entre nós.
O tempo, e depois a distância.
A vida é surpreendente.
Veja bem.
A roda da vida foi rodando.
O tempo foi passando.
Tudo se ajeitando.
E um dia nos vimos dentro de outro tempo.
Um tempo em que não existe limite.
Nem para os sonhos.
E nem para a realidade.
É um tempo que nos foi concedido.
O tempo de felicidade.
Sonia Delsin
ERAS TU
Eras tu, meu amado.
Eras tu, que dormias no meu ombro recostado.
Aos meus peitos agarrado.
Procurando se aquecer.
Será que um dia conseguirá esquecer?
Nas noites frias.
Te dei tantas alegrias.
Tu dizias.
Que eu era tua amazona linda.
E a noite era infinda.
Lembro ainda.
Do teu coração acelerado.
Dorme? Morre?
No passado.
Tudo acabado?
O que sobra de um castelo desmoronado?
Sonia Delsin
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